Análise temática
Busca de compreensão, o mais objetiva possível, da ideias do autor. Saber o que ele quer comunicar. Conteúdo interno: restringe-se ao próprio texto.
1) Do que fala o autor, qual o tema ou assunto do texto?
2) Qual problema o autor se coloca, ou seja, por que o tema está em questão?
3) Que resposta o autor dá ao problema, que tese ele defende ao resolver o problema ou explicar o tema?
4) Como o autor demonstra/prova sua hipótese?
5) Que outras ideias secundárias o autor, eventualmente, defende no texto?
Análise interpretativa
Diálogo crítico com o autor. A compreensão do texto se dará a partir de elementos externos ao texto (contexto histórico, referenciais teóricos, biografia, etc). A profundidade de tal análise varia de acordo com o conhecimento do campo em que se situa o texto.
1) Situar o conteúdo escolhido (capítulo, trechos) para análise no contexto da obra de onde ela foi extraída e do pensamento geral do autor.
2) Situar o autor no contexto da história do pensamento de sua área de reflexão.
3) Explicitar os pressupostos implicados no texto. Isto é, os princípios – nem sempre explícitos – que justificam/fundamentam/dão coerência às ideias defendidas pelo autor.
4) Levantar ideias associadas às que são apresentadas no texto. Fazer aproximações, comparações, destacar diferenças com relação a outros autores e pensamentos.
5) Formular críticas (positivas ou negativas) à construção do texto. Tomar posição, de maneira fundamentada, com relação às ideias do autor. Apontar possíveis incoerências internas, falhas de argumentação, implicações. Concluir pela concordância ou não com o autor.
Referência:
Antônio Joaquim SEVERINO. Como ler um texto de filosofia. São Paulo: Paulus, 2009.
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